Investigadores chineses revivem com sucesso cérebro humano congelado durante 18 meses

2024-05-24

 

Num feito científico surpreendente no campo da criónica, uma equipa da Universidade de Fudan em Xangai alcançou uma descoberta monumental ao reviver com sucesso um cérebro humano que tinha estado congelado durante 18 meses. Este feito recorde não só quebra os recordes anteriores em tecnologia criogénica, como também foi publicado na prestigiada revista académica Cell Reports Methods.

 

A equipa liderada por Shao Zhicheng criou um método revolucionário de criopreservação, chamado MEDY, que preserva a integridade estrutural e a funcionalidade das células neuronais, permitindo a preservação de vários tecidos cerebrais e espécimes de cérebros humanos. Este avanço promete imenso, não só para a investigação de distúrbios neurológicos, como também abre possibilidades para o futuro da tecnologia de criopreservação humana.

 

O Professor João Pedro Magalhães, da Universidade de Birmingham, expressou um profundo espanto com o desenvolvimento, elogiando a capacidade da tecnologia de prevenir a morte celular e ajudar a preservar a funcionalidade neuronal como algo verdadeiramente milagroso. Ele especulou que, no futuro, pacientes em estado terminal poderiam ser criopreservados, aguardando a cura para as suas doenças, enquanto astronautas poderiam ser congelados para viagens interestelares, despertando em galáxias distantes.

 

A notícia gerou discussões fervorosas nas plataformas de redes sociais, com muitos internautas a estabelecerem paralelos com os conceitos retratados na ficção científica do escritor chinês Liu Cixin, O Problema dos Três Corpos. O interesse na viabilidade da tecnologia de criopreservação humana no futuro aumentou, com indivíduos a expressarem vontade de participar em testes humanos, ansiosos por acordar numa nova era dentro de corpos robóticos.

 

"Agora só precisamos de uma sonda que viaje a 1% da velocidade da luz e possa operar durante milhares, milhões de anos com a sua própria energia, enquanto evita os detritos espaciais, para alcançar a frota de naves que já está quase a chegar aqui, como ilustrado em O Problema dos Três Corpos", escreveu um internauta.

 

À medida que os limites do possível continuam a expandir-se, o campo da criónica está à beira de uma transformação profunda, oferecendo vislumbres de um futuro onde a linha entre a ficção científica e a realidade se torna cada vez mais ténue. Também surgiram questões à medida que os limites se expandem: Toda a informação e memória serão indestrutivelmente preservadas? Ou, será que realmente temos uma alma?

 

Global Times

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