Posto de Saúde no Novo Bairro de Macau vai servir os residentes de Macau que vivem em Hengqin

2024-11-01

O Posto de Saúde do Novo Bairro de Macau em Hengqin será a instituição que assegura os cuidados de saúde comunitários para os residentes de Macau na Ilha da Montanha, anunciou um despacho do Chefe do Executivo emitido ontem em Boletim Oficial. O despacho entra em vigor na sexta-feira, sendo o Posto de Saúde operado, gerido e supervisionado pelos Serviços de Saúde.

 

Os residentes de Macau que vivem na Ilha da Montanha vão poder ter acesso aos cuidados de saúde comunitários no Posto de Saúde do Novo Bairro de Macau na Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin, cuja construção e emissão de licença de operação já estão prontas. Porém, a data de entrada em funcionamento ainda não foi anunciada.

 

Um despacho assinado pelo Chefe do Executivo Ho Iat Seng foi publicado ontem em Boletim Oficial, que prevê as delimitações geográficas dos centros de saúde no território, estabelecendo que os cuidados de saúde comunitários em Hengqin são assegurados pelo Posto de Saúde do Novo Bairro de Macau na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.

 

De acordo com o despacho do Chefe do Executivo, na península de Macau, os cuidados de saúde comunitários são assegurados pelos Centro de Saúde do Fai Chi Kei; Centro de Saúde da Areia Preta; Centro de Saúde do Tap Seac; Centro de Saúde do Porto Interior; Centro de Saúde da Ilha Verde; e Centro de Saúde da Praia do Manduco.

 

Os cuidados de saúde comunitários nas ilhas são prestados pelos Centro de Saúde dos Jardins do Oceano; Centro de Saúde de Nossa Senhora do Carmo – Lago; e Centro de Saúde de Seac Pai Van, cujo serviço abrange também a zona do novo campus da Universidade de Macau.

 

“Os recursos humanos e equipamentos dos centros de saúde e posto de saúde referidos são assegurados pelo director dos Serviços de Saúde”, pode ler-se no documento, que entra em vigor a partir do dia 1 de Novembro.

 

De acordo com os dados mais actualizados dos Serviços de Estatística do governo de Hengqin, registaram-se em Agosto 16.260 pessoas titulares do Bilhete de Identidade de Residente da RAEM que vivem na Zona de Cooperação Aprofundada, um aumento de 25% em termos anuais. O número de residentes inclui 274 crianças residentes de Macau que estudam em escolas na Ilha da Montanha.

 

Apesar de as autoridades locais não confirmarem a data de inauguração do Posto de Saúde do Novo Bairro de Macau em Hengqin, os Serviços de Saúde manifestaram anteriormente a esperança de abrir portas ao público no próximo mês de Novembro.

 

Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde, indicou no mês passado que o Posto de Saúde já obteve a licença de instituição médica do interior da China e concluiu as obras de remodelação, sendo que dez funcionários serão destacados para trabalhar nessa instalação.

 

Estando pendente a aprovação de transporte dos medicamentos, que prevê o envio transfronteiriço de 296 tipos de medicamentos de Macau para Hengqin, Alvis Lo disse que o organismo está em estreito contacto com as autoridades de controlo farmacêutico de Guangdong, estimando-se que a aprovação possa estar concluída no prazo de um mês e meio. Assim, espera-se que a prestação do serviço no Posto de Saúde ocorra, o mais cedo possível, em Novembro.

 

O Posto de Saúde do Novo Bairro de Macau, na sua primeira fase, disponibilizará serviço de consultas externas de Saúde para Adultos, Saúde da Mulher, Saúde Infantil, bem como consultas sem marcação, oferecendo tratamento para doenças crónicas comuns, doenças agudas comuns, como constipações e gripes, gastroenterites, entre outros.

 

Segundo o Executivo, o horário de funcionamento do Posto de Saúde em Hengqin é idêntico ao dos centros de saúde em Macau, sendo o serviço de cuidados médicos gratuito. Os utentes serão encaminhados para o Centro Hospitalar Conde de São Januário ou Hospital das Ilhas em caso de necessidade de consultas externas de especialidade. Alvis Lo admitiu ainda que poderá abrir serviços médicos mais diversificados consoante as necessidades dos residentes, para que possam usufruir de protecção médica semelhante à de Macau.

 

Ponto Final Macau

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