
O estado de São Paulo fez sua estreia na 5ª Exposição Internacional de Produtos de Consumo da China, na Província de Hainan, no sul do país, marcando um movimento estratégico para acessar o promissor mercado consumidor chinês.
No estande da agência de promoção de investimentos de São Paulo, uma série de produtos como cafés, chocolates e sucos despertou o interesse dos visitantes.
"Essa exposição em Hainan é muito importante para promover nossos bens, nossos produtos, principalmente alimentos e bebidas que trouxemos para cá", afirmou Inty Scoss Mendoza, representante chefe da agência de promoção de investimentos do estado de São Paulo.
De acordo com Mendoza, a agência, que estabeleceu um escritório de representação em Shanghai em 2019, tem se dedicado a atrair investimentos para São Paulo e a apoiar empresas paulistas e brasileiras no processo de internacionalização, especialmente no acesso ao mercado chinês.
O Brasil é o maior produtor mundial de café e exporta sementes de cacau para todo o mundo. "A Suíça, por exemplo, produz seus chocolates principalmente com sementes cultivadas no Brasil", destacou.
"Então estamos trazendo esses produtos para o mercado chinês, para que os consumidores chineses conheçam melhor nossos produtos e, esperamos, possam encontrá-los em breve nas prateleiras dos supermercados daqui", acrescentou Mendoza.
Ele ressaltou a mudança de foco do estado para a promoção de produtos com maior valor agregado. "Estamos focados em bens acabados que os consumidores podem adquirir diretamente", explicou, observando que a participação na feira de produtos de consumo é muito importante, "porque estamos no caminho de agregar mais valor aos nossos produtos nas exportações brasileiras para a China".
"Nossa expectativa é levar essa mensagem ao mercado consumidor chinês e à população chinesa de forma geral: que no Brasil, em São Paulo, temos muitos produtos de alta qualidade que queremos trazer para a China. A relação entre Brasil e China é estável, muito amigável, e vemos muitas oportunidades para ambos os lados", prosseguiu.
"Vemos o mercado chinês como o futuro", disse Mendoza, acreditando no imenso potencial do país. "Claro, com essa enorme população e o aumento do poder de compra dos chineses em geral, o mercado consumidor vai crescer", explicou.
No entanto, Mendoza reconheceu que não é fácil entrar no mercado chinês, pois "é também um mercado muito competitivo". "Por isso, precisamos de parceiros aqui na China para encontrar as melhores formas de acessar esse mercado", afirmou, acrescentando: "essa é uma relação ganha-ganha".
Como a maior exposição de produtos de consumo na região Ásia-Pacífico, a expo está sendo realizada em Hainan de 13 a 18 de abril, reunindo mais de 4.100 marcas de 71 países e regiões.