O presidente chinês, Xi Jinping, pediu na passada sexta-feira uma participação maior e mais activa das associações patrióticas e representantes de sectores de Macau e Hong Kong na integração nacional e na abertura do país ao mundo exterior. Xi falou numa reunião comemorativa da fundação da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), expressando a esperança de que os membros do órgão prestem mais esforço na “construção de um país forte e no rejuvenescimento da nação chinesa”.
Pequim depositou a sua esperança num aumento do esforço das associações patrióticas e representantes de diversos sectores de Macau e Hong Kong no processo de as RAEs se integrarem na conjuntura de desenvolvimento nacional, bem como a desempenharem um papel mais importante na abertura do país ao exterior. Foi o apelo feito pelo presidente chinês, Xi Jinping, que apontou a necessidade de criar uma maior ligação entre o órgão consultivo político do país e as figuras da comunidade das duas regiões administrativas especiais.
Xi Jinping falou numa reunião comemorativa pelo 75.º aniversário da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que teve lugar na passada sexta-feira em Pequim. “[Os membros da CCPPC] devem estabelecer um contacto estreito com as associações da sociedade e da política, e os representantes, que amam o país e Hong Kong e Macau, de forma a ajudar Hong Kong e Macau na integração nacional”, salientou.
No seu discurso proferido durante a ocasião, Xi Jinping destaca que a CCPPC tem um “valor político distinto” no desenvolvimento de sistemas políticos, pedindo que seja aproveitada ao máximo a vantagem política relevante da CCPPC no “desenvolvimento da democracia popular”.
O governante assinalou ainda as “cinco principais tarefas” que os membros da CCPPC devem cumprir, sobretudo melhorar e fortalecer os trabalhos do órgão, promover a modernização da China e consolidar “a base ideológica e política” do socialismo com características chinesas. Além disso, a construção de um “país forte” e o “rejuvenescimento da nação” também são as prioridades de Pequim.
Neste caso, o secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China e também presidente da Comissão Militar Central lembrou a indispensabilidade de “implementar plenamente a estratégia global para a resolução da questão de Taiwan”, ou seja, aprofundar a integração e o desenvolvimento entre os dois lados e “promover a ligação espiritual dos compatriotas” e “opor-se resolutamente a actividades independentistas”.
“Vamos unir e contactar amplamente os compatriotas estrangeiros e orientá-los-emos para que transmitam a voz da China. Devemos estar ao serviço da situação geral do trabalho externo do país e contar ao mundo a história da China e da democracia do povo chinês”, revelou.
Xi Jinping apelou ainda à adesão do princípio de “forjar um forte sentido” de identidade nacional chinesa comum, reforçando ao mesmo tempo a “orientação política” dos intelectuais fora do Partido, das pessoas que não detêm a propriedade pública da economia e das pessoas de diferentes estados sociais, com vista a “reforçar o consenso e a alargar a solidariedade”.
Recorde-se que no 14.º Comité Nacional da CCPPC conta actualmente com 2.172 membros, incluindo 38 representantes da RAEM. O presidente chinês asseverou ainda que é da responsabilidade dos membros da CCPPC “investigar de forma aprofundada e compreender verdadeiramente as condições reais de funcionamento da economia e da sociedade, tanto como as dificuldades urgentes da população”, de forma a apresentar propostas prospectivas, orientadas e operacionais.